segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O vendedor de balas




O clima? Calor.
Calor? Não...
CALOOOR!
QUENTE. ABAFAAADO. E o farol fechado, só para variar.

O post de hoje vem assim também, quentinho. Não exatamente com o mesmo clima tumultuado e nauseado do centro velho de São Paulo, mas vem quentinho. E quietinho.

Vem com cheiro de vela e agradecimento. Porque ele é na verdade, o pagamento de uma promessa. Explico:

Era um Sábado quente, – a prolixidade, neste caso, se deve ao fato de passar lhes a ideia do CALOR que fazia naquela ocasião – era um daqueles que sufocam qualquer transeunte na cidade, por fazer subir toda a sorte de cheiros e humores da cidade... De uma vez.

Pois bem:

Em meio ao mar de carros, havia um farol. Fechado, obviamente. E entre esse emaranhado vermelho, haviam os vendedores de farol. Estes sempre atentos, como já era de se esperar.

Foi nesta altura, que um velhinho simpático nos abordou neste mesmo farol, oferecendo doces.

Tendo ele recebido sorrisos e uma negativa como resposta, tirou um papel do bolso e com ar de mistério nos disse: “Vou dar um presente para vocês.”

A conversa foi rápida – uma virada de farol – e expressiva.

Entregou nos o papel e justificou - com aquela calma, típica dos representantes da terceira idade – que escrevia poemas, e que buscava maneiras de como lançá los:

“Mas editora não... Eles judiam muito de nós, que não temos muito hábito de escrever...”

Lendo seus escritos, fica mais claro entender o que ele quis dizer; Existem alguns erros verbais e gramaticais, perfeitamente justificáveis para quem - notadamente - escreve mais com o coração do que com a razão...

“Vou escrever a história do senhor no meu Blog.”

E bora eu explicar o que era um blog para o senhorzinho... Mas tá aqui: PROMESSA CUMPRIDA!

No final do texto há o contato dele, para quem o quiser conhecer e ajudar.

O referido farol, está localizado em uma travessa da José Paulino. E eis aqui “o presente”, compartilhado:

(Se não conseguir ampliar, veja no meu Flickr.)

“Parece besta... Mas se um velhinho vendedor de balas, mesmo com toda essa realidade miserável, tem um sonho que ainda busca realizar e me diz que nada é impossível... Eu só posso acreditar.”

Então ele parou, olhou a catedral do outro lado da rua e terminou, como se estivesse falando sozinho:

“É FODA... Né?”

Suspirei. (É.)

E até parei de reclamar do clima.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fernando Pessoa


Quem conhece um pouquinho da história do Fernando, sabe que ele na verdade, era várias “Pessoas” em uma só. (Desculpem me a infâmia do trocadalho, mas não pude resistir!)

"Esta Pessoinha" - me desculpem novamente...! - escrevia sob três heteronômios diferentes dos quais se caracterizavam os autores de acordo com os temas:


Álvaro de Campos

Homem letrado e bem sucedido, falava sobre a vida moderna e futurista das metrópoles.


Ricardo Reis

Era um poeta bucólico, do qual pouco se sabia sobre sua vida e morte.

Tinha um olhar estóico acerca do Ser Humano.


Alberto Caeiro

Com linguajar tipicamente simples e carregado de sentimentalismo, este personagem retratava sua vida e entendimento através da vida no campo.

E foi através destes, que Pessoa deixou seu legado e foi consagrado como um dos maiores Poetas do Século. E é através do Museu Fernando Pessoa, que agora você pode conferir on line, todo o acervo (com direito a anotações e rascunhos), e um pouco mais do Universo desta "Pssoa". (ai, não me contive!)

#ficaadica

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Devo dizer:

A cultura colaborativa me encanta.

Desde as antigas catedrais e obras sacras em geral, às mais impressionantes colaborações no meio digital. Nessa vibe, fica(m) a(s) dica(s) de hoje:

iStockphoto e Threadless.


O iStockphoto é um banco de imagens que veio (despreocupadamente) com o intuito de “quebrar” o Getty Images. Sua proposta moderna e colaborativa faz com que eles mantenham um banco de imagens muito mais elaborado e completo. De fotos a ilustrações: Vale a pena conferir!

Já a Threadless foi uma web empresa criada por dois designers falidos com o intuito de democratizar suas idéias e divulgá-las para o mundo. Deu tão certo, que hoje graças a Threadless, seus fundadores não são mais falidos e ainda ajudam na renda mensal de muitos outros designers, que lhes enviam estampas e ganham visibilidade através do site.

E mais uma vez, minhas histéricas sinapses neurais me remetem a conexões que para mim, fazem todo sentido:

“Find what you love. And go get it.”

Foi o que disse Steve Jobs, em sua palestra aos universitários de Stanford;

A prova CABAL que fazer algo simplesmente por amor tem seu (inestimável) valor para a sociedade e PODE SIM dar dinheiro.

domingo, 17 de outubro de 2010

“Bananas with bananas”

Ainda sobre o SWU, mas só de passagem para explicar uma situação.

O cenário; Recém chegada em casa. Pós Show e abraços de recepção, minha mãe me pergunta sobre qual show eu mais gostei:

- Regina Spektor.

- Por quê?

- Por que ela é uma fofa. Talentosa, simpática, humilde... Tem uma música experimentalista particularmente boa.

- Como assim?

- Ah, ela experimenta...! Tinha uma música, por exemplo, que ela tocou no piano e batendo com um pedaço de madeira numa cadeira...

Não que seja bom por isso, mas é divertido...! Imagine uma criança de 8 anos, criando músicas... E tocando, perplexa, para um público imenso. Foi espontâneo! Ela parecia realmente feliz de estar se apresentando lá, saudou e agradeceu em português, ficou com os olhos marejados e eu achei isso bem bonito.

A cunho explicativo, devo comentar que nos shows da programação do dia 10 minhas maiores expectativas figuravam entre Regina Spektor e Joss Stone; Daí o título do post.

Apesar de serem mulheres, famosas, reconhecidas, (Calma, essa não é a base comparativa de Marina X Dilma!!!) cantoras e lindas - ou seja, “Bananas with bananas” - eu não poderia colocá-las no mesmo patamar: Assisti aos dois shows.

Definitivamente, seria blasfêmia dizer que a Joss Stone não tem talento e que ela – junto com aquele backing vocal maaaaaraaaavilhooooso – não vale o show. O ponto é que em presença de palco, em CARISMA, - que dada devida importância a palavra, segue aqui grafada em negrito e caixa alta; a Joss passou longe. Chegou (e ficou) meio “Diva”; Fez muitas pausas e tomou água várias vezes durante o show (segundo ela, para descansar a garganta)... É difícil explicar...

O fato é que o show empolgou E FOI ÓTIMO, mas não me comoveu um quinto sequer em comparação ao da Regina. Portanto, essa experiência me fez pensar que MAIS até DO QUE você faz, é COMO você faz, que FAZ TODA A DIFERENÇA.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Um breve comentário:

Todo mundo (literalmente) acompanhou nos últimos dias a história dos mineradores Chilenos, certo? Então não farei grandes explanações quanto ao ocorrido.

O meu comentário é referente, mas não exatamente sobre. Explico:

Estava eu ontem, no elevador com meu namorado gripado e um vizinho desconhecido, quando, no térreo, adentra o vizinho Chileno:

Vizinho Desconhecido diz: – Nossa, que loucura essa coisa com os mineradores no Chile, huh?

Vizinho Chileno diz: – É. Fuoi un lindo trabalho de rescate. Que bon que deu tudo certo.

Vizinho Desconhecido diz: – É que envolveu política... Você viu quantos milhões eles gastaram nesse resgate?

Vizinho Chileno diz: Sí... Mas a vida non ten precio. Né?

E nessa hora - eu que entrei muda e saí calada - saí do elevador.

O que eu queria dizer para o vizinho Chileno e para quem mais quisesse ouvir é que concordo:

A vida não tem preço.

E que concordo:

(In)Felizmente(?!!) acredito que os mineradores só saíram com vida, devido a repercussão política e midiática do fato. ( Tristemente, esse é o mundo em que vivemos.)

Pelo menos daqui pra frente eles receberão apoio, ficarão famosos e nunca mais precisarão minerar novamente. (I hope so.)

Rolês bacanas (em SP) gastando nada (ou quase nada):

Primeiramente, vamos esclarecer o que seriam “rolês bacanas”.

Para ficar mais fácil e democrático, imaginemos um cenário no qual uma família tradicional constituída de Pais e filhos possa participar; Assim fica mais fácil enquadrar a atividade:

O que?

Pinacoteca do Estado / Estação Pinacoteca (São bem próximas, mas não são a mesma coisa.)

Por que?

(Pinacoteca do Estado) O acervo fixo é lindo e vira e mexe tem coisa nova por lá. Dá pra tomar um cafezinho (na cafeteria que GERALMENTE está lotada), sentar e se entregar a seus devaneios em algum dos corredores ou se esbaldar em alguma exposição sazonal que estiver por lá.

Ah, também tem um parque óóóótimo para curtir à tarde!

Aí embaixo, eu (em primeiro plano) e a Ro na exposição da Tarsila do Amaral.

(Estação Pinacoteca) Porque é super perto do Metrô e da Pinacoteca, o local é bem organizado e também tem um acervo fixo lindo e muitas exposições legais.

A última que eu fui, foi do Andy Warhol (e foi de graça).

Quando?

De terça a domingo, das 10h às 17h30, com permanência até as 18h.

e Quanto?

Ingresso combinado (Pinacoteca + Estação Pinacoteca):
R$4,00 e R$2,00 (criança, estudante e idoso).
Grátis aos sábados.


http://www.pinacoteca.org.br/pinacoteca/

O que?

MASP. (Outro museu)

Por que?

Porque o acervo fixo também é ótimo! Chega a dar raiva da incompetência da arte moderna, se comparada ao nível de fidedignidade das pinturas antigas.

Ótimo para refletir. Bom ir sozinho ou em duplas, mas muita gente atrapalha; Fala se muito e observa se pouco.

O museu é super bem localizado – no centro de São Paulo; Dá pra sair de lá,curtir o movimento, fazer uma caminhadinha e tomar um sorvete na Soroko. (bem bom e barato também!)

Quando?

Terças, quartas, sextas, sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h (bilheteria aberta até às 17h)
Quintas-feiras, das 11h às 20h (bilheteria aberta até às 19h)
Outros horários:
Loja: das 11h às 17h30 (segundas-feiras fechada); quintas-feiras até às 19h
Restaurante UNI: das 11h às 16h30 (segundas-feiras fechado)

e Quanto?

R$15,00 (valor inteiro) e R$ 7 (estudantes com identificação da instituição)

Entrada gratuita ao público somente às terças-feiras.

http://masp.art.br/masp2010/index.php

O que?

Feirinha de Artesanato do Parque Triannon

É a feira que fica em frente ao parque Triannon. Rola todos os domingos das 10h às 18h.

Feirinha dos Mortos

É a feira de antiguidades que acontece todo domingo das 10h às 17h no vão do MASP.

O nome não é esse, mas chamo assim desde a minha tenra infância, quando vi a primeira vez:

“Eles pegam essas coisas das pessoas que morrem, Mamãe?”

(E com isso, vocês já podem deduzir a resposta da minha excelentíssima Madre...)

Por que?

Porque a gente bater canela e caroçar à vontaaaade! E sempre tem alguma coisa interessante.

Tem brazilian handcraft à vontade pra turista nenhum botar defeito, e uma barraca de uma família baiana que vende um acarajé daqui ó! (essa sou eu – imagine - puxando a pontinha da minha orelha.)

Quando?

Domingo, já disse!

e Quanto?

A feira é de graça. O preço vai depender do que você escolher consumir por lá.

Aproveite o quarteirão e estique as canelas até o parque Triannon. (Você pode se sentar por lá para degustar seu Acarajé...) Não é muito grande, mas é bem tranquilo apesar de situado em plena Av. Paulista.

SWU



Se você não aproveitou o último feriado (e ano) para dar uma fugidinha a Marte, certamente ouviu falar do SWU por esses dias. Mas se ouviu e não entendeu muito bem o que é, a tia Van explica o SWU pra você:

Segundo Eduardo Fischer, o organizador do evento "é o Starts With You (no Brasil, "Começa com você"), que tem o festival de música como apenas uma das partes de um grande movimento para mudar o mundo."

O tal do Starts With You, foi a moeda que figurou na divulgação de todo o evento, e pode ser entendida também como SUSTENTABILIDADE; Essa como você bem sabe, é uma palavrinha bem em voga nos dias de hoje. O que você talvez não saiba (como grande parte do público do Festival SWU) é o que ela significa:


É uma característica ou condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo. Em anos recentes, o conceito tornou-se um princípio, segundo o qual o uso dos recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras, o que requereu a vinculação da sustentabilidade no longo prazo, um "longo prazo" de termo indefinido, em princípio.


Já disse no Post anterior que sou totalmente a favor da mudança para o comportamento Green.

O que me irrita (profundamente!) é a alienação do conceito com a atitude, e a banalização generalizada do termo. #prontofalei

Fui apenas a um dia do evento (10.10.10) e tive a oportunidade de participar do Fórum de Sustentabilidade, o qual gostei muito.

Como todo evento de grande porte há diversas melhorias a serem feitas, mas particularmente destaco três pontos do Festival, que se fossem melhor trabalhados, em minha opinião fariam o evento se concluir com louvor:


1º Transporte:

O evento seu deu no Hotel Fazenda Maeda, em Itu. Que - diga-se de passagem - era longe paaaacas do Centro de Itu – e do resto do mundo. (Com o ônibus do evento até a rodoviária de Itu, foram 30 minutos.)

A organização disponibilizou transporte gratuito na volta do Festival até o centro de Itu (o que eu achei ótimo!) porém não se preocupou com serviços de transportes extras para as cidades vizinhas. Enquanto o último ônibus do local do show saía por volta de 1:00am (apenas um estimado, considerando que a última banda terminaria por volta da 12:00am) até o centro de Itu, o último ônibus de Itu para muitas cidades vizinhas encerrou suas atividades às 23:00.

Em conseqüência, ao chegar na rodoviária encontrei algumas pessoas dividindo táxis e outras considerando a possibilidade de dormir por lá mesmo... (Já que todos os hotéis estavam lotados.)


2º Alimentação:

Já meio que fui disposta a passar fome, porque comida de festival sempre deixa a desejar.

Mas além da fila descomunal (como já seria de se esperar), os altos preços e o cardápio oferecidos foram contra a proposta sustentável. (Em sua maior parte, espetinhos de Carne, Hamburguer, Pizzas, e Refrigerantes. ) AS WE KNOW, no ranking de sustentabilidade os alimentos industrializados não estão exatamente no topo da lista...


3º Informação:

Essa, definitivamente faltou do princípio ao fim: Desde as rodoviárias próximas (indiretamente envolvidas por um evento deste porte) até sinalização e conceito do evento.

O Fórum de Sustentabilidade foi ótimo. A pena é que contra os 164 mil pessoas estimadas, somente 3 mil tiveram a oportunidade de participar. A transmissão foi veiculada na internet mas não através de telões para os demais participantes do festival. A tal sementinha da sustentabilidade poderia DE FATO ter sido plantada em mais participantes, e se assim fosse, creio que não teríamos visto tanto lixo jogado no chão, uma vergonha sob qualquer aspectos AINDA MAIS num festival no qual o HINO sugere que o MUNDO MELHOR COMEÇA CONOSCO.

Sem mais delongas, deixo aqui o saldo OFICIAL do evento, disponibilizado no site do SWU e, abaixo, alguns blogs que comentaram o evento:

Em 3 dias de evento o SWU Music & Arts Festival teve:



Público: 164 mil pessoas

· 74 atrações musicais, 700 músicos nos palcos e mais de 50 horas de música

· 04 palcos (2 palcos principais – Ar e Água; Tenda Heineken Greenspace e Palco Oi Novo Som)

· 3.000 pessoas no Fórum Global de Sustentabilidade (nos 3 dias), que apresentou 29 palestras de convidados nacionais e internacionais


Mostra de Artes com instalações inéditas e interativas de Eduardo Srur (também curador do espaço), Urban Trash Art, Bijari, Oficina Jamac, Flávia Vivacqua, Cooperaacs

· Exposição “Brasil em Chamas” em homenagem a Frans Krajcberg (curadoria de Sergio Caribe) com 7 esculturas e 8 fotos do artista

· Espaço de arena: 233 mil metros quadrados, onde foram construídos 70 mil metros quadrados de área coberta, entre áreas de alimentação, palcos, tendas e camarotes.

· 1.000 banheiros químicos

· 2.000 latas de lixo para coleta seletiva

· 350 funcionários responsáveis pela limpeza (120 trabalhando durante o evento e 230 na madrugada)

· 30 funcionários trabalhando na usina de reciclagem

instalada no local do evento (separação e prensagem do lixo gerado)

· 30 toneladas de lixo recolhidas, separadas e destinadas a usina de reciclagem (12 toneladas só de latinhas)

· 9.000 funcionários envolvidos na produção e organização (diretos e indiretos), incluindo1.600 seguranças (*) e 280 policiais por dia (militares, civis e rodoviários)

(*) 640 na triagem, arena e áreas de circulação; 260 em segurança patrimonial e 600 seguranças das bandas


Ocorrências:

o Nenhum acidente registrado nas estradas do entorno

o Nenhuma ocorrência grave

o Nenhum registro de briga

o 94 B.O.s emitidos (a maior parte por furto de celular e perda de documentos)

o 88 pessoas detidas (4 cambistas, 1 por desacato e as demais por consumo de drogas, todas já liberadas)

· 597 atendimentos médicos, ou média de 199 por dia (a maior parte por casos de hipotermia, baixa glicemia e desidratação)

· 500 mil refeições servidas e 700 mil latas vendidas (das quais 100% recicladas)

· Estacionamentos:

o 1.437 ônibus (1.117 caravanas e 320 da organização)

o 1.368 vans

o 42.970 carros

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http://www.isabellices.com/o-que-foi-o-swu/

http://movethatjukebox.com/afinal-o-que-e-swu/

http://www.itu.com.br/entretenimento/noticia/confira-tudo-o-que-rolou-no-festival-swu-20101014

http://veja.abril.com.br/blog/denis-russo/ideias/o-pais-dos-vips/

TrackMeNot!


Se você assim como eu, também acha BEM incômodo quando o YOUTUBE te sugere vídeos ("por que você assistiu a" ...) e não é chegado a esse relacionamento íntimo com as ferramentas de rastreamento de acesso a internet, saiba que (felizmente!) já foi desenvolvida (por enquanto especificamente para usuários do Firefox) uma ferramenta que “confunde” a cabeça dos rastreadores e acessos. Funciona mais ou menos assim:

Você faz o acesso no site que desejar e após o acesso, o “Track Me Not” (nome um tanto quanto direto, para a proposta do serviço) embaralha as informações de acesso de seu IP.

Ele mistura informações verídicas com fictícias, mesclando datas e acessos e confundindo assim o rastreador a identificar o seu comportamento de usuário na rede.

Coisa MUITO ÚTIL hoje em dia, em que a privacidade tem ficado cada vez mais em segundo plano...

Para baixar clique AQUI.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Feliz Verde Novo!

Talvez Verde não seja sua cor favorita, mas tá na moda meu bem!

A prova disso, são as milhares de ações ao redor do mundo que enfatizam o conceito “Mundo-verde-sustentável”. Desde peças publicitárias atentando a importância de um estilo de vida mais saudável e sustentável a eventos privados, organizados para incutir na sociedade esse “novo” conceito.

Entre esses inúmeros eventos produzidos com uma proposta mais “Green”, para quem (não vive na terra e) não sabe, acontecerá nos próximos dias 09,10 e 11, o SWU (Starts With yoU), que é um festival musical mega badalado que vêm sendo comparado (à boca pequena) com Woodstock (em versão Tupiniquim). O festival tem um forte apelo sustentável, porém, duvido que se não fosse “sustentabilidade” o chamariz do evento, houvesse rejeição por parte do público pagante. (As bandas participantes do evento justificam bem a aceitação.)

Particularmente, acho ótima essa mudança Green no contexto coletivo, mas não consigo me abster de algumas observações um tanto quanto irônicas, inseridas nesse contexto. Por exemplo:

Fumar não é Green. Silicone não é Green. Trocar de aparelho celular uma vez por semana não é Green. Cervejada com os amigos não é Green. Comer carne em todas as refeições não é Green. Comer alimentos processados não é Green. Andar de carro não é Green. Consumismo em demasia, não é Green.

Ainda que o conceito venda, ainda que agrade a maioria (pagante).

Não que eu esteja aqui para atacar a primeira pedra - pelo contrário, até simpatizo com a coitada da Madalena; Mas estou para lembrar que consumimos mesmo, e cabe a cada um saber onde lhe aperta o calo (ou onde lhe vaza a torneira, como queira) para tentar compensar da melhor maneira possível.

ANOTE O LEMBRETE A LÁPIS, NA SUA AGENDA RECICLADA.